“Uma copa do mundo a cada dois anos mataria o futebol”, dispara Philipp Lahm

Em sua coluna do Jornal Inglês, The Guardian, Lahm se posicionou contra o plano da FIFA de ter uma Copa do Mundo a cada dois anos.

Planos da FIFA que projetam a Copa do Mundo para serem jogadas a cada dois anos em vez de quatro são contrariadas por muitos torcedores de todas partes do mundo. O último personagem a se posicionar contra os planos da FIFA foi Philipp Lahm, em sua coluna do Jornal Inglês, The Guardian.

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O jogador alemão teve carreira muito bem sucedida no futebol pelo Bayern de Munique e Seleção, inclusive vencendo a Copa do Mundo em 2014. Lahm se aposentou em 2017 após ter uma carreira profissional de 15 anos, levantando 21 títulos. Seu portfólio é dos mais variados. Além de Copa do Mundo, ele levantou 8 títulos da Bundesliga, 6 Copas da Alemanha, uma Champions League e um Mundial de Clubes com o Bayern de Munique.

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De terno, Philipp Lahm segura o troféu da Copa do Mundo

Campeão em 2014, Lahm se opõe à proposta de Copa do Mundo a cada dois anos (Foto: Reprodução/Instagram)

Para Lahm, diminuir os ciclos de Copa do Mundo faria o torneio se tornar menos especial.

“Como diretor do torneio da Eurocopa de 2024, eu concordo com os protestos que se posicionam contra essa mudança. Diminuindo os ciclos da Copa do Mundo dariam a impressão que futebol só se trata de dinheiro. Grandes eventos esportivos precisam de paciencia e tempo. Isso é crucial para sua sustentabilidade”, afirmou Lahm.

Na visão de Lahm, futebol demais afetaria as memórias e lembranças dos torcedores.

“Futebol demais afetaria os torcedores. Grandes torneios ficam nas memórias deles. Os gregos se chamaram campeões europeus por quatro anos, de 2004 a 2008. De 2014 a 2018, a Alemanha era a seleção nº1 do mundo. Acelerar esse ciclo tornaria essas memórias menos valiosas. Um torneio anual seria como se tivesse outro aplicativo de rede social ou de stream no seu celular”, explicou.

Ainda segundo o jogador alemão, uma Copa do Mundo a cada dois anos afetaria de forma ruim a vida dos jogadores também.

“Muito futebol também afetaria os jogadores. Jogar pela sua seleção é uma tarefa especial. Você joga menos pelo dinheiro e mais pelo país e torcedores. Isso vem com muita responsabilidade, é exaustivo. Eu me aposentei da seleção nacional em 2014 após meu 6º torneio. Eu decidi isso muito antes porque a carga dupla, de jogar por clube e país é intensa. Uma copa a cada dois anos mataria o futebol.”, declarou.

 

Igor Fonseca
Escrito por

Igor Fonseca

25 anos; Jornalista; Viciado em futebol e games; Passei por Torcedorescom e Vavel Brasil.