Escândalo no São Paulo: Ex-mulher de Casares e diretor pedem licença após vazamento de esquema ilegal

A segunda-feira (15) começou explosiva nos bastidores do Morumbis. O São Paulo Futebol Clube vive uma crise institucional após o vazamento de áudios que revelam um esquema ilegal de venda de ingressos para grandes shows no estádio. O escândalo envolve Mara Casares, ex-esposa do presidente Julio Casares, e o diretor adjunto da base, Douglas Schwartzmann. Ambos pediram licença de seus cargos nesta manhã.

O esquema do Camarote 3A

A investigação, revelada inicialmente pelo ge, aponta que o foco da irregularidade era o camarote 3A, localizado no setor leste. Embora registrado nos documentos do clube como “sala da presidência”, o espaço teria sido comercializado clandestinamente para o show da cantora Shakira, realizado em fevereiro deste ano.

O braço direito do presidente, o superintendente Marcio Carlomagno, é citado como o responsável por repassar o camarote para que Mara e Douglas lucrassem com a revenda. Estima-se que apenas com este evento o faturamento tenha chegado a R$ 132 mil.

Justiça e “negócio fora do padrão”

O esquema veio à tona após um desentendimento financeiro entre intermediários. Rita de Cassia Adriana Prado, que explorava o espaço, entrou na justiça contra uma compradora de ingressos e registrou um Boletim de Ocorrência.

Em áudio gravado, Douglas Schwartzmann aparece pressionando Rita para retirar a ação judicial, admitindo a natureza ilícita da operação:

“Você nunca soube que aquilo era feito de forma clandestina? A palavra é essa. Ou você não sabia? Você sabia ou não? Nós três sabemos como foi feito. Você não é boba, nem eu, nem ninguém. Isso foi feito de forma indevida”, declarou o dirigente.

Ele ainda reforçou que a parceria visava lucro pessoal: “O que eu falei é que nós fizemos um negócio fora do padrão para te ajudar, ajudar a Mara e a mim. É a única verdade desta história”.

Posicionamento Oficial

Em nota, o São Paulo confirmou o afastamento dos envolvidos. O clube afirmou que tomou conhecimento dos áudios pela imprensa e que iniciou uma apuração interna dos fatos.

O caso gera apreensão na diretoria, especialmente pelo envolvimento de nomes ligados à sucessão presidencial de 2026. A preocupação de Schwartzmann nos áudios era clara: evitar que o escândalo barrasse a continuidade do esquema nos shows de Imagine Dragons, Linkin Park e Oasis.

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