Mistura de gerações deve ser principal estratégia de Tite para conquistar o hexa na Copa do Mundo
As últimas convocações da Seleção Brasileira mostram que Tite está fazendo uma espécie de mistura de gerações com os atletas. Ou seja, assim como alguns jovens estão sendo chamados, caso de Vinícius Júnior e Rodrygo, os atletas mais velhos também continuam ganhando oportunidades, como Everton Ribeiro e Thiago Silva. Essa estratégia surge como principal plano para a disputa do Mundial no Catar, quando o Brasil tenta pela quinta vez o hexacampeonato.
Na convocação para os amistosos contra Gana e Tunísia, marcados para o final de setembro, essa mistura foi completa. Entre os meias, por exemplo, os jovens Bruno Guimarães e Lucas Paquetá vão dividir espaço com Casemiro, Fabinho e Fred. São gerações diferentes que podem aprender bastante um com o outro. Todos estão em bom momento nas equipes onde atuam, por isso é interessante ver como Tite está conseguindo fazer isso acontecer.
Essas duas partidas serão as últimas antes da Copa do Mundo, por isso a convocação final não deve trazer tantas surpresas. O treinador já conseguiu, nestes últimos quatro anos, fazer um Brasil mais misturado no quesito de gerações. Não é apenas a seleção de Neymar, mas também uma equipe que mistura experiência com vontade de montar serviço. Uma estratégia que já funcionou em outras edições do Mundial, como no penta em 2002 na Copa do Mundo da Coréia do Sul.
Apenas como comparação, é possível pegar dois zagueiros convocados recentemente: Thiago Silva, 37 anos, e Roger Ibañez, 23 anos. Atletas de gerações completamente diferentes, mas que estão se encontrando na Seleção Brasileira. O veterano do Chelsea chega com moral e segurança, enquanto o jovem da Roma tenta mostrar serviço como uma possível surpresa para a Copa do Mundo.
Confirmando o favoritismo
O objetivo de Tite desde que assumiu a Seleção Brasileira, ainda em 2016, sempre foi ser campeão mundial. Entretanto, isso nunca foi uma tarefa fácil, afinal existem várias equipes de alta qualidade na disputa. Em 2018, por exemplo, a França combinou um elenco muito técnico e dominou o torneio. Foi a prova de que a Copa do Mundo será sempre uma disputa que dificilmente alguém consegue cravar o vencedor.
Nas últimas duas edições, a Seleção Brasileira ainda chegou como grande favorita, mas não passou das quartas de final. Tite quer mudar essa tendência em 2022, pois o Brasil é mais uma vez favorito na aposta esportiva. As cotações da KTO, por exemplo, colocam a equipe à frente de Inglaterra, França, Argentina e Espanha. Os jogadores mais velhos podem ajudar mostrando o que deu errado no passado.
Todo esse favoritismo brasileiro faz sentido, pois os resultados recentes foram todos positivos. A goleada por 5 a 1 contra a Coreia do Sul, e a vitória por 1 a 0 em cima do Japão foram suficientes para mostrar como o futebol aqui está passando por um momento positivo. Além disso, alguns rivais não estão conseguindo bons resultados.
Momento em campo
A estratégia de Tite em reunir jogadores de diferentes idades na Seleção Brasileira é boa, mas apenas o rendimento em campo vai dizer se realmente vai funcionar. O futebol sempre foi um esporte de surpresas, por isso o momento em campo é tão importante. Ter Neymar com o pé calibrado, por exemplo, pode fazer a diferença em um jogo decisivo contra algum europeu.
Não existe uma fórmula para o sucesso na Copa do Mundo, mas o Brasil tem buscado muita experiência desde 2016, inclusive com o fracasso no Mundial da Rússia. Isso tudo será colocado à prova no Catar, mas o título não é garantido. Existem outras equipes dispostas a levantar a taça também, inclusive a rival Argentina e a atual campeã França. Duas pedras no sapato de Tite e dos torcedores brasileiros.
A Copa do Mundo está marcada para começar no dia 20 de novembro, mas a Seleção Brasileira só estreia no dia 24, contra a Sérvia. Até lá, vamos acompanhar todos os preparos de Tite nesta mistura de gerações que está sendo feita. A convocação final será determinante para ver como essa estratégia será aplicada em campo, sobretudo para os jogos na fase inicial. Tudo isso será importante para que o Brasil tenha mais hipótese de título em dezembro.