Negociação entre Botafogo e Tche Tche pode resultar em até R$ 5 milhões

A negociação entre Botafogo e Tchê Tchê está na reta final, e o time desembolsou R$5 milhões pelo volante, apesar da atual situação financeira

De acordo com as notícias divulgadas pelo jornal “Extra”, as negociações entre o Botafogo e Tche Tche parecem estar na reta final. Isso porque, de acordo com o clube, 70% do valor relacionado a direitos econômicos poderão ficar diretamente com o volante.

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Com isso, o São Paulo, clube detentor do jogador até 2023, poderá manter em 30% os direitos autorais do jogador de futebol para futuras vendas e negociações entre clubes, sejam eles nacionais ou internacionais. 

A troca de documentações entre os clubes começou antes do prazo previsto, com o encerramento do contrato de empréstimo com o Atlético-MG. Anteriormente, o prazo para início das tratativas era em maio deste ano. 

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Tchê Tchê tem 29 anos, e não vinha apresentando grandes resultados no clube de empréstimo, sendo escalado apenas para sete jogos até o meio deste mês, e apenas um gol marcado. 

A negociação entre os clubes pôde acontecer graças às recentes mudanças do time do Botafogo, graças à lei da SAF.

Lei da SAF possibilitou negociações entre Botafogo e Tchê Tchê

A Lei N° 14.193, da Sociedade Anônima do Futebol, permite que os times brasileiros passem de associações civis para o status de clube-empresa, como explica a matéria especial da Betway Insider.

Isso significa uma série de alterações no regime tributário, obrigações e benefícios que os clubes passarão a ter. Entre os principais, destacam-se o pagamento de dívidas e investimentos por parte de companhias e empresários externos.

Foi o que aconteceu com o Botafogo em 2022, que anunciou um acordo com John Textor, um dos sócios do Crystal Palace. O investidor deve aplicar cerca de R$400 milhões, além de quitar uma dívida de quase R$1 bilhão, conforme o site de esporte bet Betway.

O time foi um dos primeiros a realizar esse tipo de negociação a partir da Sociedade Anônima do Futebol, além do Cruzeiro, Vasco e Athletic Club. Outros nomes da série B também estão em análise para adotar esse sistema.

Com o aporte, o time se viu livre dos débitos que dificultavam negociações como as do Botafogo e Tchê Tchê.

Agora, será possível analisar novas contratações para aprimorar as equipes e a qualidade do clube.

No entanto, especialistas reforçam pontos de atenção. “O brasileiro precisa ficar de olho em dois pontos principais. O primeiro é sobre que SAF está sendo criada, o que está sendo colocado nessa SAF. Depois, quem está comprando essa SAF, qual o perfil desse investidor, qual a índole desse investidor, qual a perspectiva dele com o clube. Estamos falando de clubes com características muito distintas, expectativas da torcida muito distintas, e isso também vai pesar”, aponta o jornalista e pesquisador Irlan Simões em entrevista para a Betway.

Lei é uma abertura para novas movimentações financeiras no mercado

Apesar da necessidade de avaliar quais as intenções dos investidores, as aplicações são apenas o início de uma nova série de movimentações financeiras no mercado futebolístico, como ocorreu entre Botafogo e Tchê Tchê, mesmo com as dívidas do time.

Esse é um dos motivos que atraíram empresários internacionais para adquirir cotas de dívidas e realizar investimentos dentro dos clubes comprometidos.

“Poucas atividades econômicas conseguem ser tão insanas como o futebol, em que você tem que buscar os resultados esportivos mesmo que eles comprometam os resultados financeiros. O que a gente vê no futebol dos tempos atuais é basicamente isso: os grandes vencedores não são clubes que dão retorno financeiro. Os clubes que dão retorno financeiro de fato são os clubes mais medíocres que você tem à disposição nas ligas do mundo inteiro. Então essa relação entre dinheiro e vitórias não necessariamente estão casadas”, explica Simões para a Betway.

As negociações entre Botafogo e Tchê Tchê apenas reforçaram esse reflexo, trazendo novas possibilidades para outros times no futuro.

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