Galo vive nova era: Novo CEO do Atlético-MG abre o jogo sobre reforços e promete “limpa” na credibilidade do clube

O Atlético-MG iniciou oficialmente um novo capítulo em sua gestão administrativa e esportiva. Nesta quarta-feira (10), na sala de imprensa da Arena MRV, o clube apresentou Pedro Daniel como o novo CEO da SAF. Com um currículo robusto em reestruturação financeira e passagens por grandes projetos da Série A, o executivo chega com a missão clara de profissionalizar processos e estancar prejuízos.

Durante a coletiva, Pedro Daniel destacou sua trajetória e o motivo de ter aceitado o desafio no Alvinegro:

“Trabalho há quase duas décadas nessa indústria, quase sempre prestando consultoria, trabalhando com quase todos os clubes da Série A, principalmente. […] E vejo aqui o Atlético como um potencial gigantesco. Por isso estou aqui, trouxe minha família para cá, morava em São Paulo, pois acredito que podemos fazer algo diferente”, afirmou o novo CEO.

Mercado da bola: Chega de gastos desnecessários

Uma das falas mais aguardadas pelo torcedor atleticano foi sobre a postura do clube na próxima janela de transferências. Pedro Daniel foi enfático: o “mantra” agora é a eficiência. O objetivo é utilizar o CIGA (Centro de Informação do Galo) para realizar contratações cirúrgicas, baseadas em dados e tecnologia, reduzindo a margem de erro.

O CEO alertou que o clube não possui um faturamento bilionário e, por isso, precisa ser estratégico:

“Temos que ser mais certeiros. Vamos ser mais certeiros, pois hoje a gente não tem um faturamento de 2, 3 bilhões. A nossa margem de erro é menor. Estamos em trabalho bem forte para diminuir o número de erros. Erros vão ocorrer, mas precisamos diminuir ao máximo, caso contrário não seremos competitivos”, explicou Daniel.

Foco total na credibilidade e pagamentos em dia

Além do campo, a imagem do Atlético-MG perante o mercado é uma prioridade imediata. Pedro Daniel quer recuperar a confiança de empresários, outros clubes e atletas, garantindo que o Galo cumpra rigorosamente seus compromissos financeiros. Segundo ele, o atraso de salários ou punições de órgãos reguladores afetam até mesmo a busca por patrocínios.

Rafael Menin admite: “Ano abaixo do esperado”

O acionista da SAF, Rafael Menin, também marcou presença e não fugiu da responsabilidade sobre o desempenho recente da equipe. Ele classificou o último ano como “confuso” e “abaixo das expectativas”, mas ressaltou que a chegada do novo CEO faz parte de um movimento para superar a delicada situação financeira.

“Realmente, foi um ano abaixo do que a gente esperava. Um ano mais confuso que os outros cinco anos nos quais a gente está trabalhando nesse projeto tão desafiador. […] Todos sabem que a gente ainda tem um balanço, uma situação financeira delicada, que foi melhorada após a SAF”, declarou Menin.

A apresentação também selou as saídas de Bruno Muzzi (ex-CEO) e do ídolo Victor Bagy, que deixou o cargo de diretor de futebol. Com a nova estrutura, o Atlético-MG busca retomar o protagonismo no futebol brasileiro com pés no chão e gestão de elite.

Fonte: Entrevista coletiva na Arena MRV.

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