Anunciado como coordenador de futebol na Ponte Preta, clube no qual foi revelado, Luís Fabiano informou que ia se aposentar como jogador. Relembre a trajetória do craque que é e suas passagens marcantes por Sevilla, Seleção Brasileira e São Paulo.
O início de sua trajetória como jogador profissional foi pela Ponte Preta em 1998. Porém, a ascensão ao time principal só foi possível pois havia se destacado na Copa São Paulo de Futebol Júnior do mesmo ano.
Fabiano, como era conhecido à época foi o último jogador inscrito no elenco da Macaca para a Copinha, fardando a camisa 24 (eram 24 jogadores). O craque foi peça chave, juntamente com o zagueiro Rodrigo, na campanha que terminou com o vice-campeonato da Ponte. Ele anotou 5 gols, inclusive um deles de bicicleta nas oitavas de finais contra o Santo André.
Com a camisa do clube campineiro, Luís Fabiano atuou ate 2000, quando foi vendido ao Rennes da França, numa negociação que envolveu também o meia Vander. Ao todo, foram 70 partidas e 26 gols.
Após pouco tempo na França, chegou por empréstimo ao São Paulo no início de 2001. Foi a primeira das três passagens do jogador pelo tricolor do Morumbi.
Nessa primeira, logo ficou claro para os amantes do futebol e, sobretudo, para a torcida tricolor, que se estava presenciando o surgimento de um novo craque no futebol brasileiro. Velocidade, boa finalização com as duas pernas, cabeceio e faro de gol eram características que deixaram nítido o quanto potencial o então menino tinha.
Foram 50 jogos e 30 gols em 2001.
Após se destacar, o Rennes, detentor dos seus direitos, solicitou o retorno do atacante, porem, mais uma vez, não conseguiu se adaptar e ficou apenas 6 meses na França, dessa vez, sem atuar.
Na metade do ano, retornou ao São Paulo, dessa vez com seus direitos fixados ao clube paulista. Logo foi o artilheiro do Campeonato Brasileiro com 19 gols no time que contava com nomes como Kaká, Rogério Ceni e Júlio Baptista e terminou a 1ª fase na liderança. Porém, nas oitavas de finais, o tricolor paulista foi eliminado pelo Santos de Diego e Robinho que havia se classificado em 8°.
Em 2003 foi o ano de afirmação. Artilheiro do Campeonato Paulista e vice artilheiro do Brasileirão, no qual o SPFC terminou na 3ª posição e retornou à Libertadores após 10 anos, Luís Fabiano anotou ao todo 46 gols na temporada.
O ano de 2003 também marcou a sua primeira convocação para a Seleção Brasileira, na qual disputou a Copa das Confederações de 2003. Carlos Alberto Parreira, então treinador da Seleção, levou à competição um time alternativo e deu chances a alguns jovens jogadores, dentre eles Luís Fabiano e Adriano Imperador.
Além do instinto artilheiro, Luís Fabiano também ficou marcado pelo destempero em determinados momentos. Colecionou expulsões e episódios em que esteve envolvido em brigas na carreira – apenas dentro do campo, vale ressaltar -.
Em 2004, além de mais um ano goleador, no qual se sagrou artilheiro da Copa Libertadores com 8 gols, o craque também protagonizou um dos momentos mais emblemáticos da sua carreira. Nas semifinais do torneio continental contra o River Plate (ARG), confronto no qual o São Paulo foi eliminado, Luís Fabiano deu essa entrevista que entrou para a posteridade no mundo futebolístico:
Agora já bastante conhecido, Luís Fabiano retorna à Europa para o clube que havia acabado de conquistar a UEFA Champions League, o Porto. Porém não conseguiu repetir o desempenho que havia tido em terras tupiniquins. Foram apenas 3 gols em 27 jogos. Luís Fabiano ainda conquistou a última edição da Copa Intercontinental, torneio que no ano seguinte passou a ser promovido pela FIFA.
Neste mesmo ano, também foi campeão da Copa América, sendo um dos destaques da Seleção, juntamente com Alex e Adriano Imperador.
Na temporada 2005-06 rumou ao Sevilla, contratado por 20 milhões de euros. Demorou um pouco, mas conseguiu cair nas graças da torcida. O Sevilla conquistou a Copa da UEFA, atual Liga Europa, com um gol de Luís Fabiano na final, além da Supercopa da UEFA contra o Barcelona de Ronaldinho Gaúcho e do garoto Messi no início da temporada 2006-07.
Nas duas temporadas seguintes, se afirmou de vez como um dos principais jogadores do Sevilla e da La Liga. Campeão mais uma vez da Copa da Uefa e da Supercopa da Espanha, o artilheiro, seguindo Ronaldo Fenômeno e Adriano Imperador, ganhou a alcunha de Fabuloso pela imprensa espanhola.
O apelido pegou e, em 2007, o Fabuloso retornou à Seleção Brasileira após lesão de Afonso Alves e já em sua primeira partida como titular, anotou dois gols contra o Uruguai, atenuando um pouco as críticas sobre o técnico Dunga.
Nas temporadas seguintes repetiu o ótimo desempenho e em 2009 conquistou a Copa das Confederações, na qual se sagrou artilheiro e foi indicado ao Balon D’or e ao prêmio World Player FIFA.
Apesar da enxurrada de críticas da imprensa, a Seleção Brasileira chegou a Copa do Mundo de 2010 na África do Sul com boas expectativas, impulsionadas pelo título da Copa das Confederações.
O desempenho do time como um todo não foi bom, mas Luís Fabiano foi um dos poucos que se salvaram. O Fabuloso anotou 3 gols na campanha da Seleção, mas não foi o suficiente para evitar a eliminação traumática para a Holanda nas quartas de finais.
No ano seguinte, já convivendo com problemas físicos, foi apresentado pelo São Paulo, dando início à sua terceira e última passagem. O artilheiro estreou apenas no final daquela temporada e chegou a marcar 5 gols.
O São Paulo viveu anos conturbados na década passada – que perduram até hoje -. Em 2012, ano em que o tricolor do Morumbi conquistou seu último título de grande relevância, as polêmicas com a torcida e com a diretoria já se tornariam presentes. Apesar dos bons números, o atacante foi cobrado pela parte física e, principalmente, pelo número exagerado de cartões que o tiraram de confrontos importantes.
Nos anos seguintes o ciclo se repetiu. Críticas, cartões, desentendimentos com a torcida e gols que serviam pra amenizar a situação. Gols esses que nunca faltaram.
Embora o Fabuloso já não tivesse a mesma explosão de antes, ainda era capaz de marcar belos e decisivos gols, sobretudo em clássicos que o faziam ficar de bem com a torcida São Paulina, pelo menos por algum tempo.
Sua última temporada no tricolor do Morumbi foi em 2015.
Ao todo pelo São Paulo foram 352 jogos e 212 gols. O Fabuloso é o 3° maior artilheiro da história do clube. Além de ser o maior artilheiro da história do São Paulo em Campeonatos Brasileiro, Copas do Brasil e Libertadores. Essa última empatado com Rogério Ceni com 14 gols.
Veja também: Agüero toma decisão final sobre sua carreira: Entenda o caso
Após sair do São Paulo, Luís Fabiano jogou por uma temporada no ascendente Campeonato Chinês. Pelo Tianjin Quanjian, teve ótima média de gols, balançando as redes por 22 vezes em 28 partidas.
No ano seguinte, foi apresentado pelo Vasco da Gama para a disputa do Campeonato Brasileiro de 2017.
Após um início relativamente bom, o Fabuloso, já com 37 anos acabou sofrendo com problemas físicos e perdeu espaço com a chegada do técnico Zé Ricardo. Ao todo foram 5 gols em 12 jogos.
Em 2019 esboçou um retorno aos gramados pela Ponte Preta, clube que o revelou, chegou a treinar com o elenco, mas não conseguiu readquirir a forma após dois anos parado.
Depois de 4 anos sem atuar, Luís Fabiano anunciou oficialmente na semana passada a sua aposentadoria no futebol.
Na carreira, ao todo foram incríveis 405 gols em 749 partidas, sendo 28 desses gols pela Seleção Brasileira.
Relembre alguns dos momentos da carreira do Fabuloso:
Port publicado em dezembro 14, 2021
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