Parque Olímpico do Rio de Janeiro recebe competição internacional de parajiujitsu no próximo dia 4 de dezembro

Com uma proposta de inclusão, a AJP, em parceria com a Federação Brasileira de Jiu Jitsu (FBJJ) e a Federação Brasileira de Parajiujitsu (FBPJJ), promove mais uma vez o Abu Dhabi Grand Slam de Jiu Jitsu Paradesportivo. A competição é a oportunidade de atletas com deficiências físicas, auditivas, visuais, motoras e intelectuais demonstrarem todo o seu talento na arte suave. As lutas serão realizadas no próximo dia 4 de dezembro, na Arena Carioca 1, no Parque Olímpico da Barra, no Rio de Janeiro. “Nossa expectativa é a melhor possível. Tivemos uma grande procura de paratletas de diferentes estados do Brasil e de outros países também. Considerando todas as dificuldades por conta da pandemia, estamos muito satisfeitos e bastante confiantes em realizar mais um grande torneio, com toda a organização e segurança que o momento exige”, afirma o faixa preta Elcirley Luz Silva, presidente da FBPJJ.Segundo Elcircley, a procura pelo jiu jitsu paradesportivo cresce, aproximadamente, 5.000% ao ano em todo o mundo. E esse número expressivo não é à toa. A modalidade é a mais inclusiva entre todas do paradesporto e engloba ao todo 20 classificações funcionais, sistema responsável por dividir as categorias e agrupar os atletas de acordo com as suas limitações específicas. A natação, um dos esportes paralímpicos mais populares do planeta, por exemplo, possui 14. “O crescimento do parajiujitsu no mundo é incrível, a procura por competições e por aulas específicas nas academais é cada vez maior. Isso se deve à abrangência do nosso esporte. Hoje, o jiu jitsu apresenta um comitê paralímpico e somos reconhecidos como o esporte com mais classificações funcionais. Cada tipo de limitação equivale a uma classificação funcional. Por exemplo, a limitação do amputado, da paralisia cerebral, da poliomielite, da visão, cada uma dessas é uma classificação funcional. O jiu jitsu é o esporte que mais tem classificações funcionais no paradesporto, hoje são 20”. Hoje, no Brasil existem mais de 500 praticantes de jiu jitsu com diferentes deficiências funcionais. No mundo, esse número ultrapassa a marca de 1.500. No entanto, apesar do eminente crescimento, ainda é um mercado pouco explorado por professores e academias. Essa é uma das principais lutas de Elcircley frente à federação. “Nosso desafio é difundir os nossos cursos para que os professores entendam a importância de receber esses alunos e esses paratletas de uma maneira correta, com uma metodologia própria e um treino específico. Os professores precisam entender que eles têm a responsabilidade de fazer o jiu jitsu ser para todos de verdade. E só é para todos quando chega aos deficientes. Dando a eles o benefício de aprender e viver o jiu jitsu, que pode oferecer uma maior mobilidade, uma melhor qualidade de vida, uma melhora na autoestima e possibilitar uma mudança de vida através do esporte”.

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Fonte: Lance

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