Imagem: Reprodução/Rafael Ribeiro l CBF
Carlo Ancelotti, atual técnico da Seleção Brasileira, viveu um momento constrangedor durante o 2º Fórum Brasileiro dos Treinadores de Futebol, organizado pela CBF.
O evento tinha como objetivo valorizar profissionais do país e promover debates sobre o futebol nacional. Porém, acabou sendo marcado por discursos críticos à presença de técnicos estrangeiros no Brasil. Isso, justamente com Ancelotti presente no palco.
O fórum reuniu diversos treinadores brasileiros, ex-técnicos e dirigentes. A ideia era discutir formação, calendário, estrutura e desafios para o desenvolvimento do futebol nacional.
No entanto, o tom do evento tomou outro rumo quando dois profissionais experientes da área fizeram críticas diretas à presença de técnicos estrangeiros em clubes e seleções brasileiras.
O ex-goleiro e técnico Emerson Leão afirmou publicamente que “não gosta de treinadores estrangeiros no meu país”, declarando que os brasileiros têm responsabilidade por permitir essa chegada. Inclusive, por não se unirem e se fortalecerem o suficiente no mercado interno.
Apesar de reconhecer Ancelotti, Leão pediu desculpas pelo teor da fala e desejou “boa sorte” ao técnico italiano.
Na sequência, Oswaldo de Oliveira reforçou uma visão semelhante. Ele disse que torce para que, “quando Ancelotti for embora depois de ser campeão”, o comando da Seleção volte a um técnico brasileiro.
A fala, embora cordial, reafirma o sentimento de parte da classe sobre a valorização do profissional nacional.
Ancelotti manteve postura diplomática.
Ele não rebateu publicamente as críticas, mas destacou, em seu discurso, que a imagem dos treinadores brasileiros no exterior está “um pouco fraca” e que isso precisa ser trabalhado.
Segundo ele, a solução passa por melhoria na formação, cursos, calendário e infraestrutura dos clubes.
Ou seja, o italiano devolveu a discussão com um diagnóstico técnico e institucional, ao invés de ser pessoal.
Essa postura reforça sua imagem de gestor experiente, acostumado a ambientes de pressão e culturas diferentes.
Climão na CBF: Ancelotti é alvo de críticas ─ Imagem: Reprodução/Rafael Ribeiro l CBF
O momento expõe um debate histórico dentro do futebol brasileiro: a valorização do técnico nacional frente ao mercado internacional. Nos últimos anos, equipes como Flamengo, Palmeiras e Internacional tiveram sucesso com profissionais estrangeiros, o que ampliou a discussão.
Ao mesmo tempo, grande parte da classe de treinadores do país defende que faltam oportunidades, incentivos e políticas claras de desenvolvimento.
Para a Seleção, o episódio sinaliza um desafio extra: além da pressão por resultados, Ancelotti terá de lidar com questões culturais e institucionais dentro do próprio ambiente do futebol brasileiro.
O fórum evidenciou que o debate sobre a presença de técnicos estrangeiros no Brasil segue vivo e, em alguns momentos, sensível.
Embora o clima tenha sido de cordialidade, o constrangimento foi claro. O episódio reforça que, para além das quatro linhas, a Seleção está em um contexto de disputas por reconhecimento, identidade e direção no futebol.
Port publicado em novembro 4, 2025
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